Athayde Nery Assume Presidência do Geopark Bodoquena – Pantanal

Com a perspectiva de estar incluído nas metas de gestão da Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei), a primeira reunião, deste ano, do conselho gestor do Geopark Bodoquena-Pantanal foi realizada na manhã de terça-feira (28), em Bodoquena, com a eleição do titular da pasta, Athayde Nery, para a presidência.

O encontro contou com a presença dos prefeitos de Bodoquena, Jun Iti Ada, e de Nioaque, Jérson Garcia; dos presidentes das fundações estaduais de Apoio ao Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect), Marcelo Turine, de Turismo (Fundtur), Nelson Cintra; a reitora eleita da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Liane Maria Calarge, além de professores, universitários e representantes das prefeituras de Ladário, Miranda, Jardim e Bela Vista.

Turine deixa a presidência e agora passa a ser secretário-executivo do conselho. Para o responsável pela Fundect, quanto mais pessoas pensando o Geopark, maiores as possibilidades para o desenvolvimento econômico e científico da região e do Estado.

O secretário Athayde Nery destacou a necessidade da transversalidade das ações apoiadas nos parâmetros governamentais de mudança, gestão e participação. Vamos construir um arcabouço político e jurídico para que os 13 municípios se desenvolvam e que o legado possa ser duradouro, acrescentou.

Enquanto atrativo turístico, Nelson Cintra, vê no Geopark potencial para criação de novas rotas de interesse para os turistas que visitam Mato Grosso do Sul.

Gestão

O Conselho do Geopark Bodoquena-Pantanal é formado por 13 instituições e 13 prefeituras. As instituições são Fundect, Fundtur, Sectei, Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Comando Militar do Oeste, Sebrae, Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Universidade Federal (UFMS), UFGD e Instituto Federal.

Patrimônio geológico

O geoparque estadual abrange uma área aproximada de 40 mil quilômetros quadrados alcançando 13 municípios de Mato Grosso do Sul: Anastácio, Aquidauana, Bela Vista, Bodoquena, Caracol, Corumbá, Ladário, Guia Lopes da Laguna, Jardim, Nioaque, Porto Murtinho, Miranda e Bonito.

A área é considerada patrimônio porque apresenta 54 sítios geológicos, demarcados até o momento, de especial valor científico, entre eles fósseis dos primeiros seres vivos que habitaram o planeta há mais de 560 milhões de anos, como a Corumbella werneri, em Corumbá, e pegadas de dinossauros com aproximadamente 150 milhões de anos, em Nioaque.

As áreas consideradas geoparques devem ser estabelecidos estabelecidas sob princípios de desenvolvimento sustentável, fomentar projetos educacionais, de ecoturismo, de geoconservação e de valorização das comunidades locais.

Atualmente, apenas Nioaque possui núcleo regional- espaço físico para o desenvolvimento de atividades pedagógicas- do Geopark Bodoquena-Pantanal. Durante a reunião, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Ladário, Jorge de Castro, anunciou que o município vai implantar, em breve, o núcleo local do Geopark, que estará situado no prédio de um antigo hotel, às margens do Rio Paraguai, na Área de Proteção Ambiental (APA) Baía Negra.

Em todo o mundo existem 111 geoparques apoiados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), localizados em 32 países. O comitê gestor do geoparque estadual está trabalhando para que o Bodoquena- Pantanal também receba a chancela da Unesco.

Foto e texto: Luciana Gabas

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